terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Meio termo

Magnólia tenta fingir,
tenta mentir,
mas no fundo também é vulgar.
Mas poderia ser simples...
Se esconde também, na fila do pão,
num disperso corredor de biblioteca,
na bilheteria de um cinema qualquer.
no meio do copo!
MEIO! meio termo tão buscado,
tão escondido e fingido.
Obsoleto é o lírico,
o jeito é te procurar na minha obsolescência.
Ah! Então quer dizer que tu é moderna?
Na minha simplicidade tu te encontras
...
Magnólia!
Ah! Magnólia...
tu me sufoca no meu próprio mundinho,
me afogar no teu mar me convém.
Não leva tudo a ismo.
Tua mentira foi descoberta e teu segredo revelado.
Disseste que me daria a felicidade,
me deu um beijo amargo,de despedida.
O problema não estava em ti.
Desculpa.
                            Lucas Santos, 27/11/2012.

Traga!

Traga como se fosse a vontade de viver.
Traga como se fosse o direito de morrer.
Traga como se fosse algo cinza que ficou.
Traga como um cigarro.
Que a cinza já deixou.


Traga como se fosse o amor que nunca amou.
Que agora sente ódio do ódio,
que ódio se tornou.
Traga como se fosse um cigarro
Que a cinza já beijou.



Traga com o som do sopro de melancolia.
Que deixa a música taciturna
e assim me judia.
Traga como se fosse um cigarro,
pois a cinza já sou.
                                 Lucas Santos, 13/12/2012.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Segunda-Feira

Já são quase sete da manhã.
A carteira tá quase vazia,
o que me resta é só um suspiro sufocado.
Um cigarro.
Um copo de Coca-Cola em cima da mesa.
Uma xícara de café preto.
Um pão dormido.
De herança as olheiras, os jornais não lidos,
as mentiras não contadas e
alguns sentimentos taciturnos de segunda-feira.
O tédio de segunda-feira.
Já tem sol lá fora.
O calor me sufoca mais que a fumaça.
Mormaço!
O ar puro não me atrai.
A alegria não me emociona mais.
Aliás, são quase oito da manhã,
e essa vida vai...
Vida-Angústia.
Angústia de viver
esse tédio de segunda-feira
só termina
no dia em que eu morrer.
                                       Lucas Santos, 19/11/2012.

domingo, 18 de novembro de 2012

O Senhor da Guerra

Morre um.
Salva-se outro.
Nascem mil.
Mas na verdade, já estariam salvos não fosse a guerra.
A bala que mata é a mesma que salva.
Cria.
Dá orgulho.
Quiçá MENTE!
Nessa evolução da ciência, perdemos nossa ciência.
Matamos, pra fazer nascer.
Exploramos o inconsciente.
O sangue, sem escrúpulos,
corre aos olhos do médico, do químico,
do Senhor da Guerra.
Seus olhos não têm brilho.
Vive na morbidez do "matar".
Ainda finge que, no fundo de sua alma, tem um sentido,
procura uma razão,
mas é o orgulho e a ambição, que lhe faz galgar o poder.
Poder...
Poder de quê mesmo?
Governar cadáveres e administrar funerárias parece-lhe agradável, afável.
O Senhor da Guerra ainda não aprendeu a chorar, nunca olhou no olho do medo,
nunca sentiu pena, sempre achou que a morte era bem-vinda.
Morte nobre morte,
morte que não deixa ao vencedor oportunidade pra comemorar.
Não deixa ao filho, sem pai, oportunidade para sorrir.
E ao senhor da Guerra, oportunidade para amar.
                                                                  Lucas Santos, 18/11/2012.

domingo, 11 de novembro de 2012

Flores

Fazendo favores
que nunca vamos cobrar.
Murcharam as flores
que nunca vamos querer.
Secaram as flores
mas nunca vamos chorar,
Morreram as flores!
nós nunca vamos amar.

Os sentidos nos traem
atraem,
Às vezes nos subtraem!
A traição também passa pelos sentidos
e pelos sentimentos.
Portanto me faça um favor:
Não sinta!
Pois eu sinto muito em te falar:
TUDO SÃO FLORES!
Mas se as deixar secar,
o teu tudo será menor que nada
e se não cativar
é melhor não sentir
é melhor nem tentar!

                              Lucas Santos, 11/11/2012.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Ano Novo

Mais um dia. Mais um ano.
Mesmo plano: Ser feliz!
E o que importa ainda é pouco.
A vida não me fala mais tanto,
ensina, árdua, sempre a chorar.
Se é que pra viver tem que sair da lividez de estar.
Hoje vi três pessoas chorando,
cinquenta rindo,
mas não achei ninguém,
não tinha nada.
Nem mais a beleza de coexistir consigo mesmo,
assim talvez fugir do grunhido sofrido e amargo
de nossa própria vida para si mesma.
deixar de ser um mero forjador de uma verdade que não existe.
Na vida, passam muitos forjadores,
Forjamos riso, choro, amizade e amor.
Nós acabamos vivendo dentro do "forjar",
O problema é que acabamos encontrando nossa verdade dentro disso.
Hoje Magnólia chorou,
o caminho não comporta volta, querida!
Vida fingida é vida que morre antes de nascer.
Mas o fato é que vida vem ano vai...
E dizer que tempo já é pouco pra sonhar
já é perder tempo de aprender.
E a morte é chegada,
mas a inconstante de sonhar as vezes mata mais que a própria.
Mas enfim, de que adianta sonhar tanto assim.
Toda música se acaba, todo carnaval tem o seu fim.
Toda vida termina na morte.
Todo amor se encontra na sorte.
                   Feliz Ano Novo, Lucas Santos (02-04/11/2012).

domingo, 21 de outubro de 2012

Mentiras Sinceras


Fazer poesia onde não há.
Ver graça onde não tem.
Rir quando se quer chorar.
Da vida ser refém.

Da arte de ser vulgar.
Nas nossas falsas intenções,
todas mentiras vêm de algum lugar.
São as minhas pretensões.

Tô rezando pra santo de gesso,
tapando os olhos pra não ver.
Em nome de mim mesmo te peço,
finge a mim ver, mais fácil de me ter!

Alegria, intensidade.
Solidão, plenitude.
Nos meus olhos, tua perversidade,
nem mais quero que mude.

Lucas Santos, 03/09/2012.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Magnólia Não Sabe Aonde!


Cadê tua intensidade,
Magnólia!?
Ainda estás aí?
Magnólia, tu és um cigarro fumado.
Um amor acabado.
O resto do que não chegou a ser.

Teu lilás tá muito claro.
Tua vida já tá morta.
Teu amor já custa caro.
Não há saída, não tem porta!

Tua luz só faz sombra.
De que adianta clarear,
és cega, Magnólia!
Que te resta?
Talvez chorar!

Tua voracidade me corroía,
mas agora, pouco importa.
Tua angústia tem sido maior que a minha.
Tua cor não muda,
cor não tens, cor não tinha.

A morbidade de viver,
a intensidade na morte,
a mentira pra amar,
a chance de chegar...
Chegar....
Chegar aonde mesmo, Magnólia!?!?

            Lucas Santos, 01/10/2012.

domingo, 9 de setembro de 2012

O Vento

Vida é vento.
Não te vê, te sente,
passa, fica a saudade, 
fica a lembrança.
Sente o cheiro,
sente a brisa,
sente.
Espera a chuva,
a umidade das tuas lágrimas,
mas é ele que vai dizer,
sempre diz.
Diz sem pensar,
sem pensar que não é ele que vai sentir, que só vai passar.
Ele vai passar, 
pode até voltar.
Outros ares, novos ares
te dão arrepio?
Te dá medo, pisar num chão e não encontrar nada?
encontrar vento.
Sentir-se perdido, se encontrar
e ver que já passou de novo.
Vida sem ritmo, descompassada.
Vento é vida.
Só o vento vai dizer.

Lucas Santos, 08/09/12.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Paradoxo de Sentidos


As vistas turvas,
suspiros poéticos e algumas lembranças.
Analiso, a vulnerabilidade dentro
da obsolescência dos sentimentos e dos momentos.
Vivo coisas de anos.
Lembro coisas de meses.
Mas ainda penso que o que realmente vale é o que fica,
não só de amores, não só de amigos.
Mas sim de pessoas, principalmente as que, de fato, não conhecemos.
A complexidade do olhar é confuso, talvez o único que que teremos dela.
A magia de não saber o que está por trás dele 
e o mistério de nunca poder descobrir.
Pessoas que vieram pra passar, só pra passar.
Logicamente, a maioria das marcas que ficam
são dos nossos amigos.
Transformamos um pouco de cada um (o que não é nosso),
em algo nosso, tomamos, de certa forma, algo alheio.
Logo, tornamos o que é nosso dos outros também,
é uma troca linda!
Portanto, sinta o vento.
Sinta pessoas.
Converse.
Descubra.
De fato, conheça, talvez mude!
Só não tenha medo de olhar.
Só não tenha medo de sentir.
Só não tenha medo de viver.
Só não tenha medo.
Lucas Santos, 28/08/2012.

domingo, 19 de agosto de 2012

Lógica!


Acordar tarde e morrer cedo,
Ultimamente, anda complicado.
Te entender e esquecer, talvez reviver.
Talvez nem mais querer.
Nessa ambiguidade desatenta,
sem simetria, sem lógica.
Vulgo amor.
Amor que nasceu da maldade,
das falsas intenções,
principalmente das más.
Prole,
filho da maldade,
pai do medo e da angústia.
Tu, amor, te dás pelo compartilhar,
pelo amar, pelo saber.
Porém junto, quiçá recíproco.
Pensando que, ao que tudo indica, 
só foste pelo desequilíbrio e solidão.
Agora é levar tudo.
Tudo do nada que sobrou.
Tudo que tu pretendendeste,
nem sei se tu aconteceu.
Nada, o nada pode ser muito mais perverso,
muito mais bonito que isso.
A falsidade e a ironia, o rancor
dão-se junto com o nada.
Complexidade e razão, não é lindo?
o nada é realmente demais, simplesmente por não ser.
Por não querer ser.
Complexidade e razão...
Complexidade e razão,
misturam-se numa equação de sentimentos,
que, com lógica,dá certo.
E ONDE A LÓGICA REINA, O AMOR NEM NASCE!
                                         
                                            Lucas Santos, 17-18/08/2012.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Tua Verdade


Paixão sem exclamação.
Amor sem interrogação.
Vida sem ponto final.
Fomos sinceros um com o outro,
mentimos pra sí mesmos!
E também já não sei
a quem realmente amava:
A ti ou a verdade?
Verdade essa que hoje, não encontro.
Não te encontro mais também.
E a indecisão - talvez ódio, rancor, ou até mesmo esperança, 
insiste em viver.
Viver talvez num pretérito não tão perfeito.
Óbvio de menos.
De duas pessoas que sabiam. Fingiram não saber.
O meu reconforto, por sua vez, provém das únicas certezas que tenho.
Pois posso te encontrar e sei aonde,
também posso encontrar a verdade.
Porém esta, já encontra-se em ti.
Seja na vermelhidão das maçãs do teu rosto
ou ná lágrima que encharcou nossos rostos
ao ouvir ou singelos solfejos do amor que recebeste.
Verdade.
Talvez seja proveniente do teu, do nosso medo.
Também da nossa insegurança.
Por saber ou não se dentro de mim estás.
Só sei que não sei onde estás "verdade"!
Agora cabe a mim buscar-te ou não.

Lucas Santos, 08/08/2012.

domingo, 5 de agosto de 2012

Magnólia


Não gosto de porta aberta.
Tampouco de janela fechada.
Desse jeito tu não entra,
mas te vejo.
Quando passa na minha calçada.

Mas de fato tu entrastes com a porta cerrada.
Sem querer, por querer não entrar.
Por querer, assim por tentar.
Só não avisou que seria desta forma dissimulada.

Ódio,
me mostra agora essa tua virilidade,
teu desgosto de ser,
teu gosto pela frieza.
Com teu jeito, a tua maldade.

Amor,
Já não me mostras tanto a tua estabilidade.
Aprende e te acostuma.
pois daqui não saístes,
tornara-te realidade!

Lucas Santos, 05/08/2012.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Rabiscos Rimados


O poeta mau-sucedido


Poetas são tristes.
Poetas são felizes.
A poesia é consolo.
Queria saber por que dizes:
Poetas são tolos!

Poeta que não sente,
é mero fingidor de emoção.
Ator de uma vida real,
que nao passa de ficção.

Poeta sente torto, ele é torto.
Sente errado, sempre precipitado.
Sente certo, finge bem
Sente igual 
a mais ninguém.
                         Lucas Santos, 04/04/2012.

domingo, 29 de julho de 2012

Pensamentos Secos, Vidas Medíocres


Nós somos o que proporcionamos!

Dos comportamentos ou atitudes mais medíocres:
O interesse.
Emoção e ambição jogando do lado da então, razão,
é assim que as coisas acabam acontecendo.
assim que as coisas vêm acontecendo!
O dinheiro deixa de ser meio, torna-se alvo,
assombra o que ainda te resta de amor, 
assombra tudo que ainda resta.
Quebra as barreiras que demoramos pra construir com nossa honra
até nosso orgulho engrandece-se sobre essa atitude deplorável.
Agora, dinheiro como alvo e as pessoas como meio.
status?poder?coisas que, inclusive, não são tuas!
torna-te alheio delas,
isso enquanto conseguires proporcionar algo a mais,
algo a mais a quem as proporciona.
Até quando!?
já que preferes assim, vai lá!
compra tua felicidade, vá em frente!
inegável dizer que somos todos viciados nesse mal,
nessa ambição.
porém, tratemos com doses homeopáticas dessa droga,
porque até o amor em excesso faz mal,
o que não faz mal em excesso é a "maldade",
essa nos faz humanos, perítos em sí mesmo!
Mas também controla a tal da crítica,
críticas amadoras não vão te tirar do lugar.
Busca essa equalização dos interesses.
Aprende a ser amigo e não esquece,
almeja as coisas, não ambiciona,
tenta a amar.não finges amar por ser conveniente.
aprende, primeiro por ti, pela tua felicidade
entende que a felicidade dos outros também pode ser resultado da tua
e esse é um dos sentimentos mais nobres que podemos ter.
o dinheiro vai poder te comprar, te vender, te dar quase tudo,
e cuidado, nos dá inclusive uma falsa noçao de felicidade;


Felicidade não se conquista com palavras amargas,

e sim com sorrisos sinceros!
                                             Lucas Santos, 29/07/2012.

domingo, 22 de julho de 2012

Dialética da Maldade

O que eu vi foi inocência,
falta de decência-maldade errônea, talvez.
Talvez inocência minha ao pensar que dessa forma,
nada mais encontraria.

Falta de inocência minha,
não é difícil de entender, certo!?

São desencontros poéticos.
Vemos e ignoramos.
Somos inocentes,
toda aquela "maldade"
que temos em relação a terceiros,
de nada serve agora,
tentemos, então, compreender a nós primeiro.

somos inocentes, inocentes ao pensar que a tal "maldade"
encontra-se em experiências externas a nós.

Penso que a "maldade",
que na verdade não passa de uma auto-aceitação
e uma simples compreensão dos nossos sentidos e sentimentos,
não seja de fato uma maldade,
não da forma pejorativa e negativa que o termo define-se.

Enfim, a "maldade",
deve apenas ser encarada como conhecimento
ou inteligência - não como coeficiente de inteligência,
mas sim como um poder de auto-discernimento.

Soaria estranho dizer: "sejamos mais maldosos consigo mesmo!"
Porém tentemos enteder um pouco mais - agora não dos outros-
de nós!
                                                    Lucas Santos, 21/07/2012

domingo, 15 de julho de 2012

A Morte de Narciso


Mata narciso e quebra teu espelho.
O único reflexo que, até agora, tu tiveste.
apartir de agora, o único reflexo que terás será o brilho do teus olhos,
o lado de dentro, teu próprio reflexo,
teu brilho fosco, sozinho e inútil.

Sente o teu próprio gosto:
O doce amargo fél dos teus lábios,
teima em entorpecer.

Pára e esquece tudo e todos,
enfim, és tu contigo.

Tenta entender que a beleza,
ela nada mais é do que um meio.

A beleza, assim como o dinheiro,
é apenas um meio para alcançar o que chamas de FELICIDADE,
por mais fútil que seja, mas que alcances!

Estes meios podem levar alguém a te conhecer
teu conteúdo, quiçá, tornar-se tu.

Enfim, te cuida é com a vaidade
e logo, com a falsidade e com o superficial.

Mata narciso,
Quebra o espelho
Só cuida pra não te cortar!
                                     Lucas Santos, 26/06/12 - 14/07/12.

domingo, 17 de junho de 2012

Dúvidas e/ou certezas.

As pessoas nascem e morrem a todo instante.
vive o teu intrínseco, a essência dessa mentira.
encontra nela a tua verdade.
ostenta tua felicidade nisso,
nessa verdade que te faz sobreviver
nessa mentira que nos faz viver.
não sei, também, até onde vai a minha verdade, nem minha maldade.
não consigo assim encontrar-te alma, encontrar-te amor, encontrar-te vida.
e tu também não sabe o quê, nem quem tu és, do mesmo jeito que eu não sei,
mas se for pra ser contigo eu aceito.
volta à tua infância, volta a ter inocência.
continua sendo tu, quem tu eras...
olha pra que tu te tornaste e vê se não te envaidece.
não seja polida, que sejas crua,que sejas nua, que sejas tu.
tira essa ferrugem da tua cara e do teu semblante
Porque tu sabes que as pessoas nascem e morrem a todo instante.
sabes também que a cor do teu olho pode mudar, o teu cabelo
teu sorriso e teu corpo.
cuida disso, cativa.
só quem não muda és tu.
Porém tu (terceira), que pensa em entrar na minha vida,
só és minha enquanto for.
só se for quem já se encontra dentro de mim,
se puderes me completa, se conseguires, é claro, enquanto for.
isso se a continuação do inicio de alguma coisa puder ser dada depois que ela termina.
espero que possa.
espero que possamos ser.  
              Lucas Santos, rascunhos feitos entre 10-16/06/12

domingo, 10 de junho de 2012

Última Carta



Última Carta

Última carta,últimas lágrimas.
Espero que assim sejam, mas não esperava assim que fossem.
Assim como não esperava precisá-las e assim derramá-las.
Mas não espero que termine aqui,
Na realidade não esperava,
Na realidade esperei demais.
Foi confuso, inesquecível e bom.
Pena que já foi.
Foi aquela parte de ti,
Aquela que já não existe mais
Aquela que era, também, boa parte de mim.
Que nós perdemos juntos,
Talvez simplesmente por assim não estarmos.
Mas nossas perdas, na verdade,
Acabam preparando-nos, fazendo-nos amadurecer.
Aprender a viver.
Esquecer-te não vou, jamais,
Apenas vamos, aos poucos, aprendendo a lidar com algumas coisas,
Que já há algum tempo, diferentes.
Na última carta, com as últimas lágrimas,
As últimas palavras: Ainda assim, eu te amo.
                                                                  
                                                Lucas Santos, 10/06/12 (+- 18:30)
   

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Reprise pt.3 - Outra vez

Obsolescência emocional

Seria bom, realmente seria bom
Infelizmente me aproximar de quem mais gosto só tem feito sofrer
Olhar na aurora confusa e clara dos teus olhos tem me feito muito mal.
Quem me disse como o melhor, talvez queira o pior ou queira sem saber.
E o pior tem vindo com a força de um moinho
O que seria traição?
Para mim o simples fato de machucar um coração.
Sei que finges não saber, só sei que és fraca,
Tão frágil quanto meus sentimentos, tão frágil quanto a velhice,
Que em estado terminal resiste.
Resistência essa que eu perdera,
Da mesma maneira que tu perdestes minha confiança
E tem ganhado minha arrogância
Como resposta à minha própria insignificância.
Hoje não ostento o mesmo sorriso,
Que abria, ao receber o teu sublime abraço.
Sentir tua amizade no olhar não está mais tão fácil.
Agora meus princípios, principalmente emocionais, se é que posso apontaá-los,
Assim como eu, resumem-se em um ponto de interrogação,
Um quebra-cabeça onde as peças não se encaixam, não há coerência.
Foi bom, realmente foi bom, só sei que foi
Talvez cedo demais? Talvez tarde, quem sabe?
Só posso dizer como certo que foi...
E infelizmente não presumo uma volta.

Lucas Santos, 29/01/2012

Reprise pt.2 - Palavras de Lucas


Palavras de Lucas

    Escrever parece algo comum para muitos. Escrever bem é um dom que alguns recebem. Conseguir colocar em palavras o que sente é admirável para mim, por isso mesmo hoje to postando o que o Lucas escreveu :) - Marcela Tôrres.

Minha utópica redenção

És como a sombra do medo e a angústia de um dardo,
Que me tortura ao atravessar o peito,
Que transigindo com a paixão,
Deixa-me apenas seu olhar taciturno como recordação.
E num arrogante crepúsculo, numa transição,
Encontro a vitalidade de minha solidão,
Tão ínfima e inconstante quanto meu coração,
Tão grande quanto a tristeza que resta a ser proclamada pelas palavras
Que saem dos teus doces lábios de falsidade e desilusão.
Nessa falsidade tu encontraras a vingança
Que ardera por tempos nos teus olhos
E que me levam a fatalidade ao embriagar-me entre as áureas vistas
Que me ofereces e me apaixona a cada beijo de incertezas,
As quais me destroem e me torturam como um sublime amador
Que me ataca ansiado na vingança de um perdedor,
Que sou eu,
Um mero fiador de suas próprias utopias.

Lucas Santos,  17/01/2012.

Reprise pt.1 - Roleta Russa

O texto abaixo já foi postado no blog da Marcela de Bettio (que me hospedou por um tempo) antes de eu criar o meu próprio blog. Além desse post existem mais dois que virão em seguida. Esse é o mais atual, foi postado ainda essa semana. Ah! o blog dela é esse: blogdamarcelatorres.blogspot.com, um ótimo blog que por sinal admiro muito!




Roleta Russa

Me afogo na imensidão do mar que cobre a áurea dos teus olhos.
Me embriago nas doces lembranças dos teus beijos
e encontro nelas,
culpa e desculpas para sufocar minhas angústias na fumaça de mais um cigarro.
Aproveito também pra consolar minha covardia,
que perdeu a chance de ser feliz
de dar vida à vida.
Aposto alto no teu jogo de azar
E tento acreditar
Que com um revólver carregado,
dá pra sair vivo dessa roleta Russa.
Afinal assim é o amor:
Um beco sem saída, e sem fim.

Lucas Santos, 16-17/05/2012 (+- 0:20)

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Há dez anos ou mais


Há dez anos ou mais.

Quero poder um dia olhar pra trás e ter a certeza de que me entreguei à vida.
Que o medo não foi apenas um inimigo que me prendeu na minha própria insegurança, entender que essa fase passou.
O medo agora só serve para impor limites, não me deixar sair de si.
Queria também ter sorte o bastante, para que daqui a uns dez anos ou mais, eu, na eminência de um instante inexoravelmente existencial flertar-te ao olhar para o lado.
Lembrar-se daquelas histórias ingênuas e infantis,
Experiências simples e marcantes que protagonizei como figurante de uma história que se pôs sobre a minha própria existência.
Olhar nos olhos daqueles que por um instante foram parte de mim e daqueles que me roubaram sem pensar no que iria acontecer.
Entender que houve pessoas que numa metamorfose mudaram (pra sempre ou não) e me levaram junto à morte repetidas vezes.
Fica mais um pouco de mim e o que me sobra é ficar com meus restos que alguém há de reconstruir.
Espero também ter a clareza e a sensatez de conseguir entender minhas perdas e atitudes erradas, decisões erradas,
Entender que a dor e o choro, o riso e o choro...
...Isso é a vida.
Vida é aprender e ensinar, vida é amar e odiar, saber aceitar nossos momentos e não esquecer, levar tudo que tu conseguir.
Tudo que couber dentro de ti, inclusive os espaços vazios que às vezes ficam.
O tempo machuca, nos dá aquela vontade boba de voltar, impossível.
Voltar no tempo torna-se uma vontade cotidiana, mas é impossível, por isso amemos mais,
E guardemos menos, marquemos as vidas uns dos outros, o real proposito da vida talvez.
 Nossa vida é recheada de paradoxos e antíteses. E nos momentos de raiva onomatopeias das mais variadas.
Com todo bom senso do mundo, pensemos menos...
Tu só vives uma vez.
 Não te deixa à vida tornar medíocre.
                                                      Lucas Santos, 07/06/2012 (+- 1:30)

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Buenas!


Buenas!
Meu nome é Lucas e após(algumas) boas criticas às coisas que escrevo e que penso(eventualmente),
resolvi criar o poemas de criado mudo para poder mostrar,
e de certa forma guardar todo esse trabalho que acabo criando consequentemente por essas coisas que eu penso e escrevo.
Enfim, espero que gostem!