quarta-feira, 15 de maio de 2013

Depois

É que o meu pra sempre
Terminou amanhã
O Por enquanto foi depois disso.
E minhas mentiras,
Já contei mês que vem

Mentiras que nem sei contar,
Que não passam de verdades
Que ninguém quer admitir.

Tua vida foi uma peça de teatro mal ensaiada, admita jovem rapaz.
Uma história escrita a caneta,
Sem tempo de voltar atrás,
Sem tempo pra pedir desculpas.

Pros bons sentidores,
Clichês são muito bem vindos,
Choro inventado, sonho sentido.
Aos bons entendedores,
Resta o desconhecido:
Uma mentira que ainda não foi contada
Em mais um poema de amor.


Lucas Santos, 12/05/13

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Nem ganas sinto

E nem sequer deveras sinto
Vontade de encarar,
Me dá um medo,
Sinto ganas de chorar.

Me encontro no ócio,
Nem forças pra sustentar
O sentimento mais pesado,
A saudade quis chegar.

E no pensamento mais intrínseco,
Sombras, dúvidas, olhos tardios,
Nada de clareza, apenas pensamentos úmidos, piegas!
Talvez uma única certeza.
Nao sei onde quero chegar.


                                    Lucas Santos, 08/05/2013.

terça-feira, 7 de maio de 2013

Sobre o que já foi escrito

Escrever, é admitir
O que se tem medo de falar
Pelo simples fato de não saber
O que se vai ouvir.

Escrever é redimir,
Pedir desculpa,
Mentir pra si mesmo que é corajoso o bastante pra falar
Mas chorar em versos antes de dormir

Encontrar a redenção, o perdão
No meio das lágrimas dispersas
E faladas em vestígios de um refrão.

                                              Lucas Santos, 05/05/2013.