terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Meio termo

Magnólia tenta fingir,
tenta mentir,
mas no fundo também é vulgar.
Mas poderia ser simples...
Se esconde também, na fila do pão,
num disperso corredor de biblioteca,
na bilheteria de um cinema qualquer.
no meio do copo!
MEIO! meio termo tão buscado,
tão escondido e fingido.
Obsoleto é o lírico,
o jeito é te procurar na minha obsolescência.
Ah! Então quer dizer que tu é moderna?
Na minha simplicidade tu te encontras
...
Magnólia!
Ah! Magnólia...
tu me sufoca no meu próprio mundinho,
me afogar no teu mar me convém.
Não leva tudo a ismo.
Tua mentira foi descoberta e teu segredo revelado.
Disseste que me daria a felicidade,
me deu um beijo amargo,de despedida.
O problema não estava em ti.
Desculpa.
                            Lucas Santos, 27/11/2012.

Traga!

Traga como se fosse a vontade de viver.
Traga como se fosse o direito de morrer.
Traga como se fosse algo cinza que ficou.
Traga como um cigarro.
Que a cinza já deixou.


Traga como se fosse o amor que nunca amou.
Que agora sente ódio do ódio,
que ódio se tornou.
Traga como se fosse um cigarro
Que a cinza já beijou.



Traga com o som do sopro de melancolia.
Que deixa a música taciturna
e assim me judia.
Traga como se fosse um cigarro,
pois a cinza já sou.
                                 Lucas Santos, 13/12/2012.