domingo, 21 de outubro de 2012

Mentiras Sinceras


Fazer poesia onde não há.
Ver graça onde não tem.
Rir quando se quer chorar.
Da vida ser refém.

Da arte de ser vulgar.
Nas nossas falsas intenções,
todas mentiras vêm de algum lugar.
São as minhas pretensões.

Tô rezando pra santo de gesso,
tapando os olhos pra não ver.
Em nome de mim mesmo te peço,
finge a mim ver, mais fácil de me ter!

Alegria, intensidade.
Solidão, plenitude.
Nos meus olhos, tua perversidade,
nem mais quero que mude.

Lucas Santos, 03/09/2012.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Magnólia Não Sabe Aonde!


Cadê tua intensidade,
Magnólia!?
Ainda estás aí?
Magnólia, tu és um cigarro fumado.
Um amor acabado.
O resto do que não chegou a ser.

Teu lilás tá muito claro.
Tua vida já tá morta.
Teu amor já custa caro.
Não há saída, não tem porta!

Tua luz só faz sombra.
De que adianta clarear,
és cega, Magnólia!
Que te resta?
Talvez chorar!

Tua voracidade me corroía,
mas agora, pouco importa.
Tua angústia tem sido maior que a minha.
Tua cor não muda,
cor não tens, cor não tinha.

A morbidade de viver,
a intensidade na morte,
a mentira pra amar,
a chance de chegar...
Chegar....
Chegar aonde mesmo, Magnólia!?!?

            Lucas Santos, 01/10/2012.